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domingo, 15 de janeiro de 2017

O LIVRO QUE JÁ LI...[3]








Romance de Isabel Allende, publicado em 1982, que retrata a saga da família Trueba, no Chile, ao longo do século XX. A história é narrada por três personagens:  o casal Trueba (Esteban e Clara) e Alba, sua neta.
Esteban é um homem decidido a casar com Rosa e a fazer fortuna, mas a morte desta mulher, pressentida por Clara, sua irmã, altera o percurso do jovem.  Casado com Clara, são pais de Blanca e dos gémeos Jaime e Nicolás e vivem também com a irmã de Esteban, Férula. Anos depois, a filha Blanca, educada num colégio interno, volta a casa e apaixona-se por Pedro, pelo líder de um movimento revolucionário de trabalhadores contra o seu pai. Deste casal, que entretanto foge da fazenda dos Trueba, nasce Alba, dona de um espírito voluntarioso , que segue, sobretudo, as suas ideias e determinação.

Este livro foi uma das obras que marcou a minha vida, pois encontrei nas suas páginas sensibilidade, História, histórias, família, segredos e o sobrenatural. Encontrei Vida!!
Pelas personagens reconheci tios meus que lutaram pela liberdade; primos que “à frente” do seu tempo e num local provinciano eram considerados “estranhos”;  conhecidos que se encaixam perfeitamente na galeria e categorias de agentes que o romance descreve. 
Mas sobretudo recordei a minha avó e isso conferiu a este romance um significado único e inultrapassável. Reencontrei a minha avó na Clara, claríssima, clarividente. Revivi a minha infância de menina encantada com uma avó que sabia tudo! Uma avó diferente, única.

Uma avó que não se conformava com o Mundo em que vivia e que lhe acrescentava, à medida do local onde habitava (uma pequena povoação no Algarve), o que podia para o tornar melhor, mais justo. Ensinava meninos a ler, alfabetizava adultos, contava-me histórias extraordinárias, curava pessoas, cozia pão para ir dar aos acampamentos de ciganos que paravam em Alcantarilha, deixava flores nas campas que no dia de Finados não tinham ninguém que as visitasse, rezava por quem lhe pedia, acendia velas pelas almas esquecidas, orava por cada um orientando decisões, com a sabedoria que a relação íntima e alimentada em Deus, permite. 
                                                                                                                                 Cláudia Leitão

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