"Fado"
A
unha roça a corda fina
E
o ar pesado estala.
Sob
o luzir ténue da lâmpada,
O
primeiro som liberta-se, claro e vibrante;
Lisboa
aguarda, expectante,
A
voz que a custo se cala.
Quem
lá passasse, de fora,
Escutaria
Com
descuidada atenção
Essa
música sublime
Que
é o gemer da guitarra
Anunciando
a sequente canção.
É
dado o acorde tónico
E
a mulher abandona-se a esse choro
Tão
doce e melancólico
A
que dão o nome de fado.
Fado
é não mais que a dor
Da
saudosa alma a lacrimejar
Dor
que é também amor
Que,
por entre os lábios rubros,
Impetuosamente
se quer soltar.
Canta
a fadista a derradeira sílaba,
Vertendo
uma lágrima estreita
Mas
esboçando um sorriso rasgado.
Soa
então a cadência perfeita
E
assim termina este fado...
Marta
Amaral
9ºE
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